“Senhores, que é necessário que eu faça para me salvar?” (At 16. 25-30)
Indagou o carcereiro aos discípulos de Cristo: Paulo e Silas.
Paulo e Silas, naquele instante, estavam encarcerados por haverem feito um grande bem á uma jovem. Pelo mesmo motivo do encarceiramento, antes da prisão, foram açoitados e humilhados publicamente. ¹
No entanto, ao invés de lamentarem a situação na qual viviam, decidiram orar e adorarem á Deus.
Durante este momento de adoração, “… sobreveio um tão grande terremoto, que os alicerces do cárcere se moveram, e logo se abriram todas as portas, e foram soltas as prisões de todos.” (At 16.26)
Paulo e Silas demonstraram que ainda que alguém pudesse prender e maltratar seus corpos, o espírito deles continuavam livres, em Cristo, para O adorar.
Este comportamento dos discípulos testemunhou o reino de Deus ao carcereiro de forma tão impactante, que imediatamente, ele se “rendeu” á fé deles.
“Saiba que aquele que fizer converter do erro do seu caminho um pecador, salvará da morte uma alma, e cobrirá uma multidão de pecados.” (Tg 5.20)
Questionemo-nos sobre os servos de Deus:
- Qual a forma que eles tem se apresentado á sociedade?
- Será que ele tem demonstrado o Deus que serve sem precisar recitar algum versículo, ou ter costumes (vocabulário, vestimentas, carregar a bíblia visivelmente…) ou qualquer outro estereótipo que os caracterizem como tal?
O mesmo Paulo e o irmão em Cristo Timóteo disseram á igreja que estava em Corinto em forma de carta:
“Porventura começamos outra vez a louvar-nos a nós mesmos? Ou necessitamos, como alguns, de cartas de recomendação para vós, ou de recomendação de vós?
Vós sois a nossa carta, escrita em nossos corações, conhecida e lida por todos os homens.” (2 Co 3.1-2)
As obras de Paulo e Timóteo caracterizam o caráter cristão de ambos, provados, inclusive, através da boa influência que exerceram na vida daqueles irmãos aos quais eles ministraram, com dedicação e fidelidade, a palavra de Deus.
“Porque já é manifesto que vós sois a carta de Cristo, ministrada por nós, e escrita, não com tinta, mas com o Espírito do Deus vivo, não em tábuas de pedra, mas nas tábuas de carne do coração.” (2 Co 3.3)
Nós somos a carta de Cristo – é mediante nossa vida que testemunhamos o Evangelho de Deus.
“Vós sois o sal da terra; e se o sal for insípido, com que se há de salgar? Para nada mais presta senão para se lançar fora, e ser pisado pelos homens.” (Mt 5.13)
Para ser testemunha do Evangelho de Cristo, é necessário vivê-lo para que o ouvinte dê credibilidade á mensagem de quem o anuncia.
Todos necessitam de uma palavra temperada, sob medida e oportuna em diversas situações. A Palavra de Deus é rica, atual e eficaz em todos aspectos da vida. ²
“Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte;
Nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas no velador, e dá luz a todos que estão na casa.
Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus. (Mt 5.114-16)
Os comportamentos e atitudes de um cristão devem testemunhar a verdadeira mensagem do Evangelho de Cristo, para que desta forma as pessoas sejam influenciadas pelo poder transformador da Palavra de Deus.
Um verdadeiro servo de Deus possui princípios que o distingue das demais pessoas da sociedade, os quais estão muito além de seguir regras ou costumes, muitas vezes supervalorizadas pelo homem, mas sim, ter um caráter semelhante ao de Cristo.
A paz do Senhor Jesus!
Referências:
- At 16.23
- Hb 4.12